Demência

A demência é o termo que se aplica à condição que leva à perda das capacidades ditas cognitivas, ou seja, funções que possibilitam ao ser humano a compreensão, relação e comunicação consigo e com o mundo ao seu redor. As doenças que tem a demência como característica levam a um prejuízo nas atividades de vida diárias, a partir do comprometimento de funções como linguagem, orientação no tempo e espaço, planejamento e capacidades de execução, memória, reconhecimento e noção de função de objetos, reconhecimento de faces e pessoas, entre outros.

 

As Demências podem acometer homens e mulheres, em diferentes faixas etárias, geralmente acima dos 50 anos.

 

Entre as doenças demenciais, a mais conhecida e comum é a Doença de Alzheimer, que tem como característica principal (mas não exclusiva) o comprometimento da memória, evoluindo progressivamente com outras dificuldades, como desorientação no espaço e tempo, prosopagnosia (ou incapacidade de reconhecer rostos de pessoas conhecidas), inadequação social, irritabilidade, apatia, entre outros.

 

Outros exemplos de demência são: top watches

 

  • Demência Vascular (associada ao comprometimento dos vasos sanguíneos cerebrais, seja progressivamente ou após um AVC, por exemplo);
  • Demência Frontotemporal (onde a alteração comportamental costuma ser a primeira manifestação, como inadequação social e irritabilidade);
  • Demência com Corpos de Lewy (doença que tem forte correlação com a Doença de Parkinson, geralmente iniciando-se com alucinações visuais, apatia, sonolência e flutuação do nível de consciência ao longo do dia e alterações do sono denominadas Transtorno Comportamental do Sono REM, onde o indivíduo tem sonhos muito vívidos e costuma esboçar forte comportamento motor enquanto dorme, com frequentes agressões a quem dorme ao seu lado e quedas da cama, por exemplo. Em dado momento, os pacientes podem apresentar lentidão e rigidez dos movimentos, semelhantes ao ocorrido na Doença de Parkinson);
  • Hidrocefalia de Pressão Normal (condição potencialmente tratável e reversível, que se manifesta com dificuldades da marcha/caminhar, alterações da memória e comportamento e incontinência urinária, que ocorrem devido à produção ou drenagem inadequada do líquido cerebroespinhal no cérebro, sem alteração da pressão dentro do mesmo);
  • Demência secundária ao uso crônico e abusivo de álcool e outras substâncias;
  • Demências de causas infecciosas, por exemplo relacionadas ao acometimento do sistema nervoso central pela sífilis;
  • Doenças priônicas, como a Doença de Creutzfeldt-Jakob;
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O diagnóstico adequado dessas doenças dá-se a partir de uma história e sintomas detalhados fornecidos pelo paciente e familiares, assim como o exame neurológico e avaliação neuropsicológica das funções cognitivas, utilizando-se como suporte exames subsidiários como imagens do sistema nervoso (Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética do Encéfalo, SPECT e PET-CT Neurológicos), eletroencefalograma (para avaliação da atividade elétrica cerebral), exames laboratoriais (como sorologias para doenças infecciosas, dosagens de vitaminas, coleta e análise do líquido cerebroespinhal/liquor), valendo-se dos critérios diagnósticos mundialmente reconhecidos e utilizados na literatura.

 

Infelizmente, a prevenção e o tratamento específico das demências ainda são temas de pesquisa, com prognóstico e evolução progressiva, por vezes rápida, em outras mais lenta. Contudo, o controle dos sintomas e as devidas orientações e apoio familiar, frente ao correto diagnóstico do tipo de demência que acomete o indivíduo, são imperativos para a manutenção da qualidade de vida deste e de seus cuidadores. Também se faz necessário identificar-se rapidamente as formas tratáveis de demências (como, por exemplo, os quadros associados à deficiência de vitaminas como a vitamina B1, chamada tiamina, e a vitamina B12).

 

O médico neurologista é o profissional capacitado para o devido diagnóstico das diferentes condições que podem levar à demência, assim como a indicação dos tratamentos e controle dos sintomas, junto ao apoio multidisciplinar com médico geriatra e profissionais da Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Nutrição, a fim de proporcionar ao paciente alívio dos sintomas e a melhor qualidade de vida possível, ao paciente e familiares, durante a progressão da doença.

Quem Somos

O INISP foi formado a partir do CEPISP (Centro de Epilepsia de São Paulo). O CEPISP foi criado em 1998, por neurologistas especialistas em epilepsia. Desde então, os seus profissionais vêm se dedicando e se aprimoramento para um atendimento de excelência em epilepsia.

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