TDAH: perguntas e respostas

TDAH: perguntas e respostas

Por Luciana Midori Inuzuka Nakaharada, neuropediatra.

CRM 90.419

O que causa o TDAH?

Por questões genéticas, os portadores desse transtorno têm alterações na parte frontal do cérebro. Essa região está relacionada ao controle ou inibição de comportamentos inadequados e à capacidade de atenção, organização e planejamento.

O que isso pode provocar?

O TDAH pode levar a comprometimentos na vida escolar e social. Quem sofre desse transtorno apresenta dificuldade de se relacionar com outras pessoas. A falta de tratamento pode prejudicar a autoestima do paciente. Pesquisas também apontam que há maior taxa de abandono escolar e reprovação entre os que têm TDAH.

Quais são os principais sintomas e quando surgem?

Eles se manifestam desde cedo, mas ficam mais patentes no período escolar. As crianças parecem estar no mundo da lua, costumam esquecer as coisas, como material escolar ou brinquedos, e têm dificuldade de manter a atenção em atividades longas ou repetitivas. Além disso, mostram-se agitadas e impulsivas, não esperam alguém terminar a pergunta para responder e passam na frente dos outros.

É possível diferenciar uma criança hiperativa de uma apenas
sapeca?

Sim. Para ser diagnosticada como portadora de TDAH, a criança precisa apresentar problemas de comportamento e/ou desatenção, como dificuldade de seguir regras e limites em mais de um ambiente, como em família e na escola.

Como é feito o diagnóstico?

Por meio de uma avaliação clínica. O histórico clínico do paciente deve ser levantado, e a consulta pode contar com o apoio de um questionário, que deve ser respondido por familiares e educadores que lidam diretamente com o paciente.

De que forma a hiperatividade é tratada?

O mais indicado é a psicoterapia. Em alguns casos, o melhor é a associação com o tratamento farmacológico, sendo os psicoestimulantes os mais utilizados. A terapia cognitiva comportamental (TCC) também tem bons efeitos nesses pacientes.

A hiperatividade tem cura?

Não, mas ela pode ser controlada. Geralmente, cerca de 40% das crianças e adolescentes melhoram ou apresentam uma diminuição significativa dos sintomas na fase adulta.

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