INISP COM VOCÊ – DIETA CETOGÊNICA

INISP COM VOCÊ – DIETA CETOGÊNICA

A dieta cetogênica que é uma dieta indicada para pacientes tanto para crianças como para adultos com epilepsia de difícil controle.

Então são pacientesque não têm o controle por completo das crises convulsivas das crises epilépticas pelos fármacos (eplepsia refratária).

O interessante é que mais da metade desses pacientes têm uma boa resposta com essa terapia cetogênica.

Então é uma dieta que tem por objetivo formar corpos cetônicos. Então a ideia é mudar o combustível cerebral. Ao invés de a gente utilizar glicose a gente passa a usar os corpos cetônicos.

Para formar esses corpos cetônicos a gente precisa de uma dieta com bastante gordura. Nós temos alimentos ricos em gordura, chegando a aproximadamente 90% de gordura do valor energético desse indivíduo.

Numa dieta normal a gente utiliza cerca de 30% de gordura. Na cetogênica a gente começa de 82% e chega até 90%. A gente tem proporções diferentes onde eu comece uma proporçãomenor que a 2 para 1 e vou evoluindodependendo do paciente então esses corpos cetônicos a gente consegue medir tanto na urina como no sangue sendo que o sangue é mais preciso pra ir avaliando se esse paciente também precisa de mais gordura ou menos.

Hoje nós fazemos essa dieta citogênica em ambulatório e consultório. Não é mais necessário internar o paciente e deixa-lo em jejum.

É por isso que a gente começa com uma proporção de 2 para 1 e, dependendo do paciente, chega a uma proporção maior que é de 4 para 1 que tem 90% de gordura.

Em quais alimentos esse paciente poderá comer? Tem alguns alimentos que a gente restringe na dieta. A gente não consegue colocar na dieta cetogênica o arroz. o macarrão, as massas, os pães, os carboidratos em gerais.

O que nós fazemos atualmente para melhorar essa restrição é utilizar alimentos que simulam preparações que simulam esse grupo de cereais que a gente acaba restringindo bastante nessa dieta. Então a gente faz é um bolo setogênico. O paciente pode comer um alimento como um macarrão de origem oriental, que é o itokonnyaku, que fica com um volume bom também nessa dieta, já que uma dieta que tem bastante gordura e menos carboidratos. Então a gente faz preparações que simulam esses grupos de cereais.

Atualmente nós temos uma fórmula industrializada. Essa fórmula também auxilia bastante tanto o uso da dieta exclusiva em pacientes que não utilizam a via oral para alimentação mas também ajuda nessa questão das preparações das receitas.

O grupo de proteínas são alimentos como carnes, frango, peixe, ovos e queijos. A gente também consegue colocar na dieta em relação ao grupo das hortaliças e vegetais em geral também não tem grandes problemas. O paciente vai conseguir consumir esses alimentos.

É claro que o teor de carboidrato e proteína como ele é controlado ele vai sendo reduzido cada vez que a gente aumenta mais a gordura em um paciente que recebe uma dieta cetogênica 2 para 1 come mais carboidrato e proteína do que um paciente que recebe uma dieta 4 para 1 que é uma proporção maior. Esses corpos cetônicos a gente acaba avaliando juntamente com a resposta clínica porque a gente consegue avaliar se esse indivíduo precisa ou não de uma proporção maior de uma dieta tanto é que aquele indivíduo que é responsivo a uma dieta 2 para 1 e tem aquele que ele vai precisar chegar na 4 para 1. Atualmente a gente também tem outras indicações não só na epilepsia dessa dieta citogenênica então já têm pacientes com outras doenças neurológicas que estão sendo sendo beneficiados com isso e atualmente o que é utilizado bastante em alguns pacientes que têm dificuldade de adesão à dieta cetogênica é a dieta modificada de Atkins. Na verdade essa dieta é importante ressaltar que ela não é para a vida toda. Na grande maioria dos pacientes que fazem essa dieta por dois a três anos é importante que ele inicie o tratamento e siga por cerca de três meses para a gente poder avaliar se houve resposta a essa terapia cetogênica.

Então se ele respondeu a dieta, melhorou as crises, têm alguns casos que chegam a ter redução dos fármacos dos medicamentos anticonvulsivos e muitos têm uma resposta positiva no aspecto cognitivo então acaba melhorando bastante a qualidade de vida da criança ou desse adulto que faz a terapia.

Então uma vez ele sendo responsivo, nesse período de três meses, ele vai fazer por cerca de dois a três anos e a gente retira essa dieta e ele passa a consumir uma dieta normal uma alimentação saudável sem nenhuma restrição.

Então essa dieta na verdade ela tem um efeito neuroprotetor e só é indicado o tratamento dela pra toda vida naqueles pacientes que têm erros inatos do metabolismo por exemplo deficiência deguti 1 e a Piruvato Desidrogenase que são erros inatos na grande maioria das eplepsias de difícil controle o período de tratamento de cerca de dois a três anos.